A Pedra de Roseta, o 33º objecto descrito
por Neil MacGregor em «Uma História do Mundo em 100 Objetos», provém de al-Rashid,
no Egipto.
Trata-se de uma pedra de granito,
partida. Foi gravada em 196 a.C. com três textos: um em grego clássico (usada
pelos administradores públicos), outro em demótico (usada então pelo povo) e o
último em hieróglifos (usados pelos sacerdotes).
Depois da morte de Alexandre, o Grande,
um dos seus generais, Ptolomeu, assenhoreou-se do poder em Alexandria (a
nova capital que Alexandre fundou para o Egipto, depois de o ter conquistado na
segunda metade do século IV a.C.) transformando o Egipto no primeiro império
europeu em África.
A dinastia
dos Ptolomeus durou até Cléopatra VII e António terem sido derrotados
pelo romano Augusto (na segunda metade do século I a.C.).
Segundo MacGregor, esta pedra
conta-nos três histórias: a dos Ptolomeus (que, a certa altura, para
sobreviver, foram obrigados a usar outras línguas para além do grego); a da
competição entre franceses e ingleses (a pedra foi encontrada pelos soldados de
Napoleão quando este invadiu o Egipto com a intenção de cortar a rota inglesa
para a Índia); e a da decifração dos hieróglifos (pois os três textos são
traduções uns dos outros).
Fonte bibliográfica: MacGregor (2014; pp. 211-216)
Fonte da imagem: www.britishmuseum.org/explore/a_history_of_the_world/objects
(em Janeiro de 2015)
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