quinta-feira, 8 de junho de 2017

[0046] O mais antigo texto matemático conhecido: o Papiro de Rhind

O Papiro de Rhind é o 17º objecto descrito por Neil MacGregor, director do Museu Britânico, em «Uma História do Mundo em 100 Objetos». Ele foi encontrado em Tebas (perto de Luxor), e foi comprado na década de 1850 por Alexander Rhind, advogado em Aberdeen (Escócia).
O papiro original (escrito aproximadamente em 1550 a.C.) deveria ter cerca de 5 metros de comprimento e 30 centímetros de largura, mas está hoje dividido em três pedaços, dois propriedade do Museu Britânico e o terceiro do Museu de Brooklyn: é “o maior e mais antigo texto matemático que conhecemos, não só no Egito como do resto do mundo”, escreveu MacGregor.


Pormenor:

Totalidade do fragmento:

Ele “contém oitenta e quatro problemas diferentes, cálculos que podem ser usados em diversas ocasiões para resolver as dificuldades práticas da vida administrativa, por exemplo, como calcular o declive de uma pirâmide, ou a quantidade de comida necessária para as diversas espécies de aves domésticas. Está na sua maior parte escrito a negro, mas o vermelho é usado para o título da pergunta e para a solução e não está escrito em hieróglifos, mas numa espécie de cursivo administrativo, muito mais fácil e rápido de escrever.

Um dos problemas que nele figura é o seguinte: “Em sete casas há sete gatos. Cada gato apanha sete ratos. Se cada rato comer sete espigas, e se cada espiga semeada produzir sete alqueires, qual é a soma total?
Quem o resolve ...?

No início do papiro, o título, a vermelho, sugere haver uma exagerada convicção no poder da Matemática: “O método correto de cálculo para compreender o sentido das coisas e saber tudo – as obscuridades e os seus segredos.

Fonte bibliográfica: MacGregor (2014; pp. 119-123)
Fontes das imagens: www.britishmuseum.org/explore/a_history_of_the_world/objects (em Janeiro de 2015), para o fragmento; Google, para o pormenor

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