O Papiro de Rhind é o 17º objecto
descrito por Neil MacGregor, director do Museu Britânico, em «Uma História do
Mundo em 100 Objetos». Ele foi encontrado em Tebas (perto de Luxor), e foi
comprado na década de 1850 por Alexander Rhind, advogado em Aberdeen (Escócia).
O papiro original (escrito aproximadamente em 1550 a.C.) deveria
ter cerca de 5 metros de comprimento e 30 centímetros de largura, mas está hoje
dividido em três pedaços, dois propriedade do Museu Britânico e o terceiro do
Museu de Brooklyn: é “o maior e mais antigo texto
matemático que conhecemos, não só no Egito como do resto do mundo”,
escreveu MacGregor.
Pormenor:
Totalidade do fragmento:
Ele “contém oitenta e quatro
problemas diferentes, cálculos que podem ser usados em diversas ocasiões para
resolver as dificuldades práticas da vida administrativa, por exemplo, como
calcular o declive de uma pirâmide, ou a quantidade de comida necessária para
as diversas espécies de aves domésticas. Está na sua maior parte escrito a
negro, mas o vermelho é usado para o título da pergunta e para a solução e não
está escrito em hieróglifos, mas numa espécie de cursivo administrativo, muito
mais fácil e rápido de escrever.”
Um dos problemas que nele figura é o seguinte: “Em sete casas há sete gatos. Cada gato
apanha sete ratos. Se cada rato comer sete espigas, e se cada espiga semeada
produzir sete alqueires, qual é a soma total?”
Quem o resolve ...?
No início do papiro, o título, a vermelho, sugere haver uma
exagerada convicção no poder da Matemática: “O método
correto de cálculo para compreender o sentido das coisas e saber tudo – as
obscuridades e os seus segredos.”
Fonte bibliográfica: MacGregor (2014; pp. 119-123)
Fontes das imagens: www.britishmuseum.org/explore/a_history_of_the_world/objects
(em Janeiro de 2015), para o fragmento; Google, para o pormenor
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