sábado, 25 de novembro de 2017

[0088] Observem os Ginkgos no Outono …

Agora que o frio e a chuva estão a chegar vemos nas nossas cidades, aqui e acolá, algumas árvores cujas folhas apresentam uma bela cor dourada, que, num ou noutro exemplar, já começaram a cair. E que, adivinhamos, irão renascer na próxima Primavera …


São os Ginkgos!

Um Ginkgo biloba
(única espécie não fóssil da família das Ginkgoaceae)

Esta é uma árvore perfeitamente identificável, desde que seja possível observar as suas folhas:

Folhas e óvulos / ovos

Diz quem estudou os seus fósseis, que esta é a mais antiga de todas as árvores: não se modifica desde há 200 milhões de anos, cresceu em todo o mundo e sobreviveu ao movimento dos continentes e a diversas extinções, inclusive à dos dinossauros (ocorrida há apenas 65 milhões de anos).
Hoje, no entanto, só cresce espontaneamente em partes da China.
Mas os jardineiros gostam dela, plantando-a em ruas e jardins, embora quase só escolham as árvores masculinas: as femininas, que não têm «sementes», mas sim «óvulos» (parecidos com uma ameixa de tamanho médio), deixam-nos cair quando estão maduros e eles exalam um forte e desagradável cheiro.
Estes óvulos têm de ser rapidamente fecundados por um espermatozoide, vindo de uma árvore masculina, e o «ovo» resultante tem de ter a possibilidade de crescer imediatamente, para não perecer - as árvores mais modernas não estão sujeitas a esta pressa, pois as «sementes» que entretanto inventaram podem esperar anos para germinar.

Óvulos / ovos caídos
(alguns já perderam a parte carnuda, expondo o caroço)

Para atingir a maturidade sexual os Ginkgos precisam, no entanto, de cerca de trinta anos.

Um Ginkgo que germinou
(porque teve sorte na escolha do caroço)

Fonte bibliográfica: Pelt & Cuny (sem data; pp. 45-47)

Na informação que o Jardim Botânico da Rua da Escola Politécnica (Lisboa) dá sobre os Ginkgos, afirma-se haver fósseis com 270 milhões de anos, portanto do tempo do «Carbónico», ainda antes da extinção do «Pérmico», considerada a maior de sempre

Fotografias: Pedro Esteves

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