segunda-feira, 1 de outubro de 2018

[0143] Magnólia, pioneira das plantas com flor

A Magnólia-branca (cujo nome científico é Magnolia grandiflora) é uma árvore originária do Sudeste do continente norte-americano e foi introduzida na Europa no século XVIII, sendo muito cultivada em jardins e parques.
A família das Magnoliáceas (de que a Magnólia-branca faz parte) foi pioneira na produção de flores, possuindo as suas estruturas reprodutivas e anatómicas semelhanças com as plantas que a antecederam.

As flores da Magnólia-branca são brancas, aromáticas e de dimensão invulgar (cerca de 25 centímetros de diâmetro), surgindo no final da Primavera. Por não possuírem néctar, a polinização é geralmente feita por escaravelhos, atraídos pelo seu aroma e pela possibilidade de se alimentarem das estruturas florais:


Os frutos estão estruturados como uma pinha, que atinge a maturidade no Outono e dispersa as sementes de cor vermelha, com a ajuda de aves e de mamíferos:


A vida na Terra só começou a produzir flores há cerca de 140 milhões de anos, no início do período Cretácico. Hoje as plantas com flor conta com umas 300 mil espécies, sendo o grupo de plantas dominante.
Num estudo internacional divulgado o ano passado, onde se combinou matematicamente as informações sobre a estrutura e sobre a genética das plantas com flor, conclui-se que a aparência das flores originais (no centro da imagem seguinte) seria próxima da aparência da actual flor da Magnólia, tendo sido a partir dela que todas as outras flores evoluíram:


Fontes: indicações públicas prestadas no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa; notícia de Serafim (2017), de onde também foi extraída a imagem com a evolução das flores
Fotografias: Eva Maria Blum

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