A Magnólia-branca (cujo nome científico é Magnolia grandiflora) é uma árvore
originária do Sudeste do continente norte-americano e foi introduzida na Europa
no século XVIII, sendo muito cultivada em jardins e parques.
A família das Magnoliáceas (de que a Magnólia-branca faz
parte) foi pioneira na produção de flores, possuindo as suas estruturas reprodutivas
e anatómicas semelhanças com as plantas que a antecederam.
As flores da Magnólia-branca são brancas, aromáticas e de
dimensão invulgar (cerca de 25 centímetros de diâmetro), surgindo no final da
Primavera. Por não possuírem néctar, a polinização é geralmente feita por
escaravelhos, atraídos pelo seu aroma e pela possibilidade de se alimentarem
das estruturas florais:
Os frutos estão estruturados como uma pinha, que atinge a
maturidade no Outono e dispersa as sementes de cor vermelha, com a ajuda de
aves e de mamíferos:
A vida na Terra só começou a produzir flores há cerca de 140 milhões de anos,
no início do período Cretácico. Hoje as plantas com flor conta com umas 300 mil espécies,
sendo o grupo de plantas dominante.
Num estudo internacional divulgado o ano passado, onde se
combinou matematicamente as informações sobre a estrutura e sobre a genética
das plantas com flor, conclui-se que a aparência das flores originais (no
centro da imagem seguinte) seria próxima da aparência da actual flor da
Magnólia, tendo sido a partir dela que todas as outras flores evoluíram:
Fontes: indicações públicas prestadas no Jardim Botânico da Universidade de
Lisboa; notícia de Serafim (2017), de onde também foi extraída a imagem com a
evolução das flores
Fotografias: Eva Maria Blum
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