Por que razão terei escolhido os outros seis livros, dos
sete que referi na mensagem anterior?
Os primeiros três têm claramente a ver com a profissão de
professor. Referi-me já a dois deles, nas mensagens «0001» e «0101». O Investigando a
Terra chamou-me a atenção para a possibilidade de os currículos não
se basearem em disciplinas separadas, mas em temas integradores:
E o Da Realidade à Ação mostrou-me como qualquer disciplina se baseia em muito mais do que no mundo dos especialistas que a codificam:
O quarto livro, Pontes para o Infinito, faz parte de um largo conjunto de livros que têm sido publicados com a intenção de nos mostrar que a Matemática pode modelar muitas facetas da realidade e, portanto, ajudar-nos a compreendê-las. Eles tanto nos proporcionam instrumentos para que os nossos alunos explorem as questões colocadas pela sua curiosidade, como por vezes nos induzem, um tanto tecnocraticamente, a encarar a Matemática como a chave do Universo:
Escreveu o autor deste livro, na respectiva introdução:
“Ao contrário dos demais
cientistas, que observam a natureza por intermédio de todos os cinco sentidos,
os matemáticos usam quase exclusivamente o sentido da imaginação. Isto é, os
matemáticos estão tão familiarizados com o sexto sentido [a imaginação] como os
músicos estão com os sons, os gastrónomos com os paladares e os aromas e os
fotógrafos e cineastas com a vista. […]. Através das suas singulares criações,
os matemáticos dão-nos informações da realidade sem a intenção, ou a capacidade
de provar que algo existe ou não.”
Fonte: Guillen (1987; p. 13)
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