Em Setembro recebi numa determinada rede social o seguinte
desafio:
em cada um de sete dias seguidos divulgar a
capa de um livro de cuja leitura tivesse gostado, sem qualquer outra explicação
além da imagem …
E a este desafio poderia acrescentar um outro:
em cada um desses dias, ou só nalguns deles,
desafiar outra pessoa a fazer o mesmo …
Rapidamente fui assaltado por esta questão:
e se durante a minha semana de publicitante de
7 livros eu decidisse mesmo desafiar outros 7 publicitantes, e todos aceitassem
fazê-lo, desafiando cada um deles mais outros 7, e assim sucessivamente, nunca
nenhum se escusando a fazê-lo – se não houvesse repetição de publicitantes,
quando estariam todos os leitores de livros do planeta abrangidos?
Não haveria problema se houvesse livros repetidos, apenas não
deveria haver leitores repetidos. Eis o raciocínio que segui:
Não sei quantos são os leitores deste mundo (precisam de já
ter aprendido a ler … e de ler livros), mas certamente serão menos do que a actual
população mundial, que se estima ser um pouco superior a 7 mil milhões. Ao fim
de 12 semanas desta publicitação teórica de livros ainda só um pouco mais de 2
mil milhões de leitores teriam nela participado; mas ao fim de 13 semanas já
mais de 16 mil milhões o teriam feito, acima do dobro da população mundial … Em
um pouco menos de 3 meses todos os leitores deste nosso mundo se poderiam
sentir irmanados pelas suas leituras …
Acho que 5 dos 7 livros que escolhi como leitor foram
ditados pelo meu percurso como professor. As excepções foram o primeiro e o
último. Devo o primeiro a Ernest Hemingway (1899 – 1961) e escolhi-o
porque eu também vivi durante um ano em Paris:
Mas: não será interessante para um professor ter vivido
durante algum tempo noutro país, de modo a entender os seus alunos que (cada
vez em maior número) têm ligações a outras culturas?
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