domingo, 7 de outubro de 2018

[0144] Uma onda de leitores à volta do mundo … e «Paris é uma Festa»


Em Setembro recebi numa determinada rede social o seguinte desafio:

em cada um de sete dias seguidos divulgar a capa de um livro de cuja leitura tivesse gostado, sem qualquer outra explicação além da imagem …

E a este desafio poderia acrescentar um outro:

em cada um desses dias, ou só nalguns deles, desafiar outra pessoa a fazer o mesmo …

Rapidamente fui assaltado por esta questão:

e se durante a minha semana de publicitante de 7 livros eu decidisse mesmo desafiar outros 7 publicitantes, e todos aceitassem fazê-lo, desafiando cada um deles mais outros 7, e assim sucessivamente, nunca nenhum se escusando a fazê-lo – se não houvesse repetição de publicitantes, quando estariam todos os leitores de livros do planeta abrangidos?

Não haveria problema se houvesse livros repetidos, apenas não deveria haver leitores repetidos. Eis o raciocínio que segui:


Não sei quantos são os leitores deste mundo (precisam de já ter aprendido a ler … e de ler livros), mas certamente serão menos do que a actual população mundial, que se estima ser um pouco superior a 7 mil milhões. Ao fim de 12 semanas desta publicitação teórica de livros ainda só um pouco mais de 2 mil milhões de leitores teriam nela participado; mas ao fim de 13 semanas já mais de 16 mil milhões o teriam feito, acima do dobro da população mundial … Em um pouco menos de 3 meses todos os leitores deste nosso mundo se poderiam sentir irmanados pelas suas leituras …

Acho que 5 dos 7 livros que escolhi como leitor foram ditados pelo meu percurso como professor. As excepções foram o primeiro e o último. Devo o primeiro a Ernest Hemingway (1899 – 1961) e escolhi-o porque eu também vivi durante um ano em Paris:


Mas: não será interessante para um professor ter vivido durante algum tempo noutro país, de modo a entender os seus alunos que (cada vez em maior número) têm ligações a outras culturas?

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