O «Progress in International
Reading Literacy Study» (ou PIRLS) é um estudo realizado de 5 em 5 anos pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA, na sigla em inglês) que avalia a leitura dos
alunos do 4º ano de escolaridade.
Portugal participou
no PIRLS de 2011 (tendo ficado na 19ª posição, com uma média de 541 pontos)
e de 2016,
tendo sofrido a segunda maior queda entre os 50 países participantes (baixou
para a 30ª posição, com 528 pontos).
Como costuma
acontecer sempre que não se sobe nas médias
e nos rankings, os especialistas
ficaram muito preocupados e os administradores públicos ainda mais. Uns e
outros, no entanto, parecem ter uma certa dificuldade em tirar conclusões da
seguinte característica das escolas que participaram no estudo de 2016:
E também parecem ter dificuldade em pensar nas seguintes respostas
dadas pelos participantes portugueses a um questionário realizado a par do
PIRLS:
Disseram os alunos:
· 72
% gostam muito de ler (média dos 50 países: 43 %);
· 84
% envolvem-se muito nas aulas de leitura (média dos 50 países: 60 %);
· 33
% nunca chegam cansados à escola (média dos 50 países: 18 %);
· 57
% nunca chegam com fome à escola (média dos 50 países: 33 %);
· 12
% são vítimas de bullying todas as semanas (média dos 50 países: 14 %);
· 82
% têm um forte sentimento de pertença à sua escola (média dos 50 países: 59 %).
Disseram os professores e os directores:
· 42
% estão em escolas onde dos alunos são oriundos de meios desfavorecidos (média
dos 50 países: 29 %);
· 49
% estão em escolas onde dos alunos têm professores que se dizem muito satisfeitos
com a sua profissão (média dos 50 países: 57 %);
· 78
% declararam que a aprendizagem é relativamente afectada por falta de alguns
recursos de leitura (média dos 50 países: 62 %).
Fontes jornalísticas: Viana (2017 b) e informações complementares acedidas a partir da
respectiva versão electrónica
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