sábado, 25 de fevereiro de 2017

[0025] A nossa relação com as árvores: entre a estética e a curiosidade

Este ano as Ameixoeiras-de-jardim já começaram a dar flor, um pouco antes de surgirem as suas novas folhas (perdem quase todas durante o Inverno):

24 de Fevereiro (2017), Parque da Paz (Cova da Piedade / Almada), no Vale do Chegadinho

Uma das razões pelas quais estas árvores são ornamentais é o facto de as suas flores surgirem cedo, começando a afastar cedo a tristeza instalada pelo Inverno nas nossas ruas e parques:

    24 de Fevereiro (2017), Parque da Paz

Tal como muitas das plantas ornamentais que nos alegram, esta espécie veio de longe, do Cáucaso e da Pérsia:

2 de Abril (2014), Parque da Paz

Se os alunos saíssem das suas salas de aula para observar as plantas que rodeiam qualquer escola, saberiam que esta árvore pertence às Angiospérmicas, o grande grupo das plantas com flor, surgidas nos finais do Jurássico, há cerca de cento e sessenta milhões de anos, e que vieram trazer novas cores ao verde exclusivo das florestas existentes até então.
Saberiam também que esta árvore pertence a uma grande família, a das Rosaceae, onde também figuram, entre muitas outras, o Abrunheiro, a Amendoeira, a Amora (ou Silva), a Cerejeira, a Ginjeira, as Macieiras, as Pereiras, o Pilriteiro e as Roseiras:

1 de Maio (2012), Parque da Paz

Saberiam ainda que esta árvore é igualmente conhecida por Abrunheiro-de-jardim e que o seu nome científico (sempre em latim e em itálico) é Prunus cerasifera. E fariam perguntas como: de que modo nos chegaram estas árvores vindas de tão longe?

Bibliografia: Bingre & outros, coordenadores (2007; pp. 274-299); Pelt (2000; p. 54)

Fotografias: Eva Blum

1 comentário:

  1. Escreveu-me alguém que não se quis expor publicamente: "Se os alunos saíssem da escola, já chegava «ver» este espectáculo. Os nomes, as famílias, como chegaram cá, etc., podia ficar para depois..."
    Acho que é mesmo isso: se queremos respeitar e guardar a Natureza, temos de começar por a admirar, sem mais exigências. O «resto» vem depois, porque a admiramos.
    E o mesmo se dirá de outros assuntos que dizem respeito a este «estarmos em conjunto neste mundo».

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