Está patente no Museu Nacional do
Azulejo (Lisboa), até Fevereiro de 2017.
Da
apresentação feita pelo Museu (em www.museudoazulejo.pt/):
“A par da azulejaria figurativa, os padrões tiveram sempre
uma importante presença na azulejaria portuguesa, desde logo no século XVII em
que das olarias de Lisboa saiu uma enorme variedade de exemplares que, formando
«tapetes», foram revestir as paredes interiores de igrejas, conventos e
palácios.
Na primeira metade do século XVIII, período de domínio da
azulejaria figurativa, o padrão foi pouco utilizado, regressando após o
Terramoto de 1755 para o revestimento interior dos novos edifícios da Lisboa
«pombalina».
Já na segunda metade do século XIX, o azulejo de padrão
teve um grande incremento, possibilitado pela industrialização. Fábricas de
Lisboa, Porto e Gaia produziram milhões de exemplares para revestimento
exterior de edifícios, marcando a paisagem urbana em Portugal, assim como de
algumas cidades do Brasil.
Ao longo do século XX e até à atualidade, o potencial da
azulejaria de padrão tem vindo a ser desenvolvido pelo trabalho de alguns dos
mais conceituados artistas, apresentando-se na exposição obras de Maria Keil
(1914-2012), Querubim Lapa (1925-2016), Manuel
Cargaleiro (n. 1927) e Eduardo Nery (1937-2013), entre outros.”
Falta
nesta exposição uma definição de «padrão». Se fosse feita sob o ponto de vista
da Matemática (por exemplo), distinguir-se-ia entre o painel bidimensional de azulejos (tendente a
preencher uma parede) e a sua, por vezes existente, borda unidimensional (ou friso).
Foto de Eva Maria Blum
Painel de
azulejos de padrão “D. Maria” (MNAz Inv. nº 7955 Az)
Lisboa,
1790-1810. Faiança policroma. Doação: Amigos do Museu do Azulejo
Sob o ponto de vista matemático,
na parede deste azulejo nem existe uma simetria em
relação a um eixo, nem um centro de rotação [ver mensagem [0011]): apenas existe uma
translação em duas direcções (o que é comum a qualquer parede preenchido
por um padrão):
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