segunda-feira, 10 de agosto de 2020

[0233] Três frisos de azulejos de padrão, num novo museu, em Estremoz

Na mensagem «0148» foi apresentada uma adaptação de um dos fluxogramas que têm sido usados para classificar os frisos que dispõem de um padrão.

Se se tratar de frisos com duas cores (por exemplo, azul sobre fundo branco), há apenas 7 padrões matematicamente possíveis. Na nova adaptação daquele fluxograma que é apresentada a seguir, eles são identificados a partir da conjugação de perguntas (a vermelho) às quais só se pode responder com «Sim» ou «Não» (a azul), conduzindo a uma classificação através de símbolos (a verde):


Entre as peças referidas no catálogo da exposição 800 Anos de História do Azulejo, patente no Museu Berardo Estremoz (recentemente inaugurado), três delas exemplificam os casos mais frequentes destas padrões.


Friso mm

Peça proveniente de Sevilha (séculos XV-XVI):

Possui dois tipos de eixo de simetria, um vertical e outro horizontal. Tem só um eixo horizontal. Mas existem infinitos eixos verticais (considera-se que o friso se estende sem fim, tanto para a esquerda como para a direita), em posições semelhantes às exemplificadas:


Friso m1

Peça proveniente de Sevilha (século XVI):

Apenas possui um tipo de eixo de simetria, vertical, embora as suas concretizações possam ser infinitas, como no caso anterior:


Friso 11

Peça proveniente de Lisboa (século XIX-XX):

Não possui qualquer tipo de eixo de simetria, nem um centro de rotação de 180º. Apenas repete uma figura (assinalada), através de sucessivas translações horizontais (dado exemplo):


Fontes: livro de Coxford, Burks, Giamati e Jonik (1993; p. 45); catálogo (em PDF) de exposição patente no no Museu Berardo Estremoz (2020; pp. 58-59, 72-73, 124-125 e 542-543)

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