Ao deambular por uma determinada rede social deparei com a seguinte imagem, não acompanhada por qualquer palavra:
O tabuleiro e as
peças que nela figuram são semelhantes aos utilizados nos diagramas do jogo de
Xadrez, pelo que é admissível que a imagem nos queira colocar um desafio sobre
este jogo.
Mas qual?
As primeiras observações permitem tirar duas conclusões:
A mais óbvia é: num jogo normal, nenhum jogador poderia ter tantas peças como
as que o jogador que joga com as negras dispõe no tabuleiro – mesmo que todas
as suas peças iniciais fossem conservadas e os seus oito peões fossem ou não promovidos,
as negras só poderiam dispor, no máximo, de 16 peças, e, neste diagrama, elas
são 62!
E a conclusão menos óbvia é: em qualquer jogo, quando uma peça se desloca,
deixa uma casa vazia atrás de si (aquela de onde partiu) – ora neste diagrama
não há casas vazias, pelo que, cumprindo as regras de jogo, não pode ter havido
uma posição anterior a esta.
Admito, portanto, que se trata de um problema meramente teórico, talvez
mesmo alegórico (por exemplo: poderão as peças brancas resistir a tantas peças
negras?).
Mas, nesse caso, a quem cabe fazer a próxima jogada, as brancas ou as negras?
Se cabe às negras jogar (tomando o
Cavalo, ou com o Bispo, ou com a Torre, ou com uma de duas Dama), o jogo está
empatado, pois as brancas não podem mover o seu Rei (jogo «afogado»).
Então cabe às brancas jogar. E, confirmando a alegoria admitida acima, as
brancas, apesar da sua enorme fraqueza numérica, jogam e dão mate em 3 lances!
Como?
Solução: com 3 saltos, tomando 3 Damas negras, sem nunca
poder ser tomado a seguir a qualquer destes movimentos, o Cavalo branco dá mate
ao Rei negro, que está impedido de se mover pelas suas próprias peças
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