O Farol do Cabo Espichel situa-se no Sudoeste da Península de Setúbal, um dos locais
com registos mais antigos sobre a existência de luzes destinadas a avisar os
navegantes. Tal como hoje o conhecemos, este farol foi construído em 1790,
tendo sofrido várias reformulações ao longo dos séculos XIX e XX:
Fotografia de Eva Maria Blum (2009) |
A sua torre óptica é hexagonal e
tem 32 metros de altura. Até 1883 a luz que emitia era fixa e branca,
alcançando as 13 milhas marítimas. Actualmente emite luz branca, com «característica»
de 4 segundos (0,3 segundos para a «luz» e 3,7 segundos para a «ocultação»), tendo
o alcance duplicado (26 milhas marítimas, quase 48 quilómetros).
A grande visibilidade histórica proporcionada
por este farol resulta de a base da sua torre óptica se encontrar 136 metros
acima do nível do mar; e o seu recente aumento resultou da evolução tecnológica
na produção da luz, que lhe aumentou a intensidade (que é inversa ao quadrado da
distância).
Apesar de o seu funcionamento ter
sido automatizado, este farol ainda precisa de 3 faroleiros residentes, que, de
4 em 4 meses, mudam.
O posicionamento geográfico e a
visibilidade de cada farol são articulados com o posicionamento e a
visibilidade dos outros faróis, de modo a que uma embarcação, observando as «característica»
de vários faróis próximos, possa identificar o seu posicionamento no mar. No
Farol do Cabo Espichel está patente ao público que o visita uma Carta da Costa
de Portugal, datada de 1927, em que a rede de faróis dessa época mostra o apoio
que estes prestavam à navegação:
Fotografia de Eva Maria Blum (2014) |
Fontes: artigos jornalísticos de Silva (2005) e de Santana (2008); e visita em 26 de Julho de 2014, no âmbito do programa Ciência Viva no Verão
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