Aplicando a este esquema o Teorema de Pitágoras vem d2 + r2 = (r + h)2, o que conduz à seguinte solução positiva para a distância d:
Se h e r forem expressos em metros, d também virá expresso em
metros.
em que h está expresso em metros e d em quilómetros.
Este é só o início do problema (e portanto da resolução).
Podemos pretender não a distância entre o Observador e o Farol,
mas a distância mais curta que a Embarcação em que se supõe estar o Observador
irá percorrer até atingir a base do Farol (será a distância geodésica g). Para isso será necessário calcular
o ângulo a (a partir de d / r = tangente de a) e depois o tamanho do arco da geodésica que lhe
corresponde.
Podemos querer que o Observador não se encontre ao nível do
mar, mas mais acima (no convés da Embarcação, ou no antigo Cesto de Gávea), e
então o esquema em que se basearão as deduções e os cálculos será mais complexo:
Que resulta da aplicação da fórmula de Franco de Oliveira ao
caso do Farol do Cabo Espichel, tal como referido na mensagem «0199»?
O topo da sua torre óptica está situado a 32 metros, a que se deve acrescer os 136 metros que a
falésia tem nesse local. Total = 168 metros.
Então, segundo a fórmula, o Farol
será visto a, aproximadamente, a raiz quadrada de 13 x 168, ou seja, usando uma máquina de
calcular simples (com os quadradinhos a indicarem as teclas ou grupos de teclas):
… e o ecrã mostra 46,7 (quilómetros, claro).
Muito próximo dos 48 quilómetros
que nos informam no próprio Farol ser o seu alcance.
Fonte: artigo, em revista, de Oliveira (1988)
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