A Grande Exposição Internacional de 1851
foi realizada em Londres, tendo para tal sido construído no Hyde Park um enorme
edifício, em ferro fundido e vidro, a que revista satírica Punch chamou The Crystal Palace (O Palácio de Cristal):
Com 564 metros de comprimento, 124 metros de largura e uma
altura que atingia os 39 metros, disponibilizou 92 mil metros quadrados para os
14 mil expositores que vieram de todo o mundo, alguns deles para mostrar as
últimas novidades da Revolução Industrial:
Algum tempo após a exposição, em 1854, este enorme edifício foi desmanchado
e remontado, com ampliações, noutra zona da cidade, tendo aí permanecido,
aberto a visitas, até ser destruído por um incêndio em 1936.
O que aconteceu antes do início da construção deste edifício
pode ter sido, no entanto, o mais interessante.
A comissão que deveria escolher o projecto a implementar
recusou os 245 que lhe foram apresentados e os quatro especialistas que a
seguir foram nomeados para encontrar rapidamente uma solução não o conseguiram
fazer.
Joseph Paxton (1803-1865), jardineiro em Chatsworth
House, e que aí tinha experimentado o uso do vidro e do ferro na construção de
grandes estufas e percebido as vantagens da sua simplicidade, força e duração, defendeu
a construção por módulos (um quadrado com cerca de 7,5 metros de lado), que
poderiam ser produzidos em série, e a sua ideia, transformada em projecto pelo engenheiro
William Cubitt, foi aceite. Com 2 mil trabalhadores em permanência no Hyde Park,
foi possível proceder à montagem do edifício original em apenas seis meses.
Paxton inspirara-se nas suas observações botânicas: para o
edifício, como as plantas crescem através do acrescento de novos módulos; e,
para as abóbadas, como as nervuras da Victoria amazonica se estruturam radialmente:
Fontes: livro de Mancuso (2019; pp. 135-140); sítios da
Wikipédia
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