sábado, 9 de março de 2019

[0166] Professor, quer saber como eu pensei?

Um livro que tem uma visão nada dogmática sobre a Matemática e que, aqui e acolá, mostra como entre as nossas capacidades há intuições brilhantes à espera de professores que as não baralhem:



Nele, o autor (nascido em 1979) conta-nos a seguinte história, acontecida quando explicava Matemática a um miúdo de oito anos:

Certa vez, durante uma lição sobre a adição, o miudito teve uma intuição, pequena mas brilhante. Estava a copiar os trabalhos de casa para os vermos juntos. A soma era 12 + 9, mas ele escreveu 19 + 2. A resposta, reparou ele, era a mesma. Tanto doze mais nove como dezanove mais dois, dava vinte e um. Achou engraçado o seu erro involuntário; fez uma pausa para pensar. Eu fiquei à espera, sem querer falar com medo de lhe baralhar os pensamentos. Mais tarde pedi-lhe para fazer uma soma muito maior, qualquer coisa como 83 + 8. Ele fechou os olhos e disse: «Oitenta e nove, noventa, noventa e um». Percebi então que ele tinha compreendido.

Fonte: Tammet (2016; pp. 53-54)

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