Em casa sentimo-nos seguros, cada coisa parece ter
o significado que sempre pensámos que teria. Precisamos desta segurança, e,
mais ou menos, vamo-la tendo.
E no entanto …
… Marcel Duchamp apercebeu-se, em 1927, quando
vivia no «11 rue Larrey Paris», que a «Porta» que se fechava para as escadas quando
queria entrar na cozinha e que se fechava para a cozinha quando queria subir as
escadas não era uma porta normal: estava aberta e fechada simultaneamente.
E há muitas outras coisas assim. Porque a realidade é mais
complexa do que pensámos. Porque outros lhe atribuem significados diferentes
dos nossos. Ou simplesmente porque é agradável descobrir a diversidade naquilo
que nos rodeia.
No fundo, o mundo como a nossa casa. E a exposição «No Place
Like Home», exibida algures em Lisboa, ajuda-nos a perceber isso.
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