Há dias ocorreu uma crise sísmica
na ilha de
São Miguel (Açores): centenas de pequenas abalos sacudiram a ilha,
tendo alguns deles sido sentidos pela população.
Segundo o Instituto Português do
Mar e da Atmosfera, e o jornal Público, a actividade sísmica registada foi a
seguinte:
Sabem os geólogos que esta hiperactividade da Terra na ilha
de São Miguel se deve ao facto de ela estar situada no ponto onde três placas
tectónicas se encontram: a norte-americana, que se desloca para Oeste, e a
euroasiática e a africana, que se deslocam para Leste, mas
a velocidades diferentes.
Estas placas, que são como
pranchas sobre as quais os continentes (e os fundos de mar a que estão
associados) surfam sobre o interior da Terra (que é um pouco mais fluído) não
foram sempre assim. Há mais de 200 milhões de anos todos os continentes estavam
agregados num super-continente, a Pangeia:
Alguns milhões de anos depois a placa sobre a qual este super-continente
surfava começou a fraturar-se, separando o Norte (a Laurásia) do Sul (a Gondwana)
e começando a separar a Europa da América do Norte (através da abertura de um
mar que viria a ser o Atlântico Norte; a abertura do Atlântico Sul foi iniciada
mais tarde):
Ainda hoje este processo prossegue.
Pode ver-se no seguinte mapa como as três placas que se
encontram nos Açores se comportam, a norte-americana afastando-se da
euroasiática e da africana, e estas deslocando-se paralelamente, embora a
velocidades diferentes (a primeira a 2,3 centímetros por ano e a segunda a 3,0
centímetros por ano):
As origens dos sismos assinaladas no mapa inicial situam-se
próximo dos limites destas três placas tectónicas.
Fontes: em
jornal, Moreira (2018); em sítios, United States Geological Survey (super-continentes) e La Historia
con Mapas (placas tectónicas)
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