sábado, 17 de fevereiro de 2018

[0106] A Terra que trreeee…me

Há dias ocorreu uma crise sísmica na ilha de São Miguel (Açores): centenas de pequenas abalos sacudiram a ilha, tendo alguns deles sido sentidos pela população.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, e o jornal Público, a actividade sísmica registada foi a seguinte:


Sabem os geólogos que esta hiperactividade da Terra na ilha de São Miguel se deve ao facto de ela estar situada no ponto onde três placas tectónicas se encontram: a norte-americana, que se desloca para Oeste, e a euroasiática e a africana, que se deslocam para Leste, mas a velocidades diferentes.

Estas placas, que são como pranchas sobre as quais os continentes (e os fundos de mar a que estão associados) surfam sobre o interior da Terra (que é um pouco mais fluído) não foram sempre assim. Há mais de 200 milhões de anos todos os continentes estavam agregados num super-continente, a Pangeia:


Alguns milhões de anos depois a placa sobre a qual este super-continente surfava começou a fraturar-se, separando o Norte (a Laurásia) do Sul (a Gondwana) e começando a separar a Europa da América do Norte (através da abertura de um mar que viria a ser o Atlântico Norte; a abertura do Atlântico Sul foi iniciada mais tarde):


Ainda hoje este processo prossegue.
Pode ver-se no seguinte mapa como as três placas que se encontram nos Açores se comportam, a norte-americana afastando-se da euroasiática e da africana, e estas deslocando-se paralelamente, embora a velocidades diferentes (a primeira a 2,3 centímetros por ano e a segunda a 3,0 centímetros por ano):


As origens dos sismos assinaladas no mapa inicial situam-se próximo dos limites destas três placas tectónicas.

Fontes: em jornal, Moreira (2018); em sítios, United States Geological Survey (super-continentes) e La Historia con Mapas (placas tectónicas)

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