A magia:
É baseada numa ideia
de H. Adrian Smtih e foi revelada por Luís de Matos:
o mágico
pede a um espectador escolhe um
número (N), entre 25 e 99;
desenha um quadrado 4 x 4 e
escreve, aparentemente ao acaso, 16 números nos quadradinhos;
mostra que o quadrado que desenhou
e preencheu com números é um quadrado com as propriedades dos quadrados
mágicos, sendo a sua «constante» o número escolhido inicialmente pelo
espectador …
Justificação:
Luís de Matos
partiu do seguinte quadrado mágico 4 x 4:
Trata-se de um dos muitos
quadrados mágicos 4 x 4 existentes.
E estes são caracterizados
por a soma dos quatro números das quatro colunas (verticais), das quatro linhas
(horizontais), das duas diagonais, dos quatro quadrados 2 x 2 dos vértices e do
quadrado 2 x 2 central ser constante, e igual
a 34 se os números que o preenchem forem do 1 ao 16, como no caso acima.
Esta magia dispensa uma
característica dos quadrados mágicos mais exigentes, a da não repetição dos
números inscritos.
A chave da ideia
consiste em substituir um só número em cada coluna, em cada fila, em cada
quadrado 2 x 2 situado nos vértices e no quadrado 2 x 2 central por um número
deduzido do que lá está de modo que a constante mágica seja igual ao número
escolhido pelo espectador.
Para isso, o
mágico calcula mentalmente R = N - 20; e depois preenche o quadrado tal como
ele está acima, alterando os números de
valor mais alto,
o 13 por R - 1,
o 14 por R,
o 15 por R + 1
e o 16 por R + 2:
Como se pode verificar, a
soma constante passou a ser N, o número escolhido pelo espectador:
20 + R = 20 + N
– 20 = N
O trabalho do mágico só tem um senão nesta magia: ele precisa
de decorar o quadrado anterior (ou ter alguma outra forma de o reproduzir no
momento em que tem de o preencher …).
Fonte: Matos
(2016; pp. 209-211)