sábado, 11 de agosto de 2018

[0137] Exemplo do mais simples dos frisos

Um dos três secadouros de bacalhau que existiram em Alcochete (situado na margem esquerda do Tejo, um pouco para montante de Lisboa) ainda tem hoje visíveis, embora em ruínas, quer os seus edifícios, quer os extensos suportes exteriores sobre os quais o bacalhau, aberto e salgado, era exposto ao Sol, para secar:



À distância não se percebe, mas o muro que veda este secadouro apresenta, ao longo da sua parte superior, uma interessante decoração, obtida através de um molde que impediu o seu preenchimento com cimento: um desfile de bacalhaus!


Na Arte e na Matemática chama-se a este efeito um friso.
Já foram apresentados e analisados alguns frisos nas mensagens «0070» e «0073».
Sob o ponto de vista da Matemática este friso de Alcochete é o mais simples dos frisos, por apenas possuir uma propriedade geométrica (que partilha, aliás, com todos os outros frisos): não é alterado se for sujeito a uma translação horizontal definida por um «vector» como o indicado abaixo (ou ± o seu dobro, ou ± o seu triplo, …):


Fotografias: Eva Maria Blum

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