Um dos três secadouros de bacalhau que existiram em
Alcochete (situado na margem esquerda do Tejo, um pouco para montante de
Lisboa) ainda tem hoje visíveis, embora em ruínas, quer os seus edifícios, quer
os extensos suportes exteriores sobre os quais o bacalhau, aberto e salgado,
era exposto ao Sol, para secar:
À distância não se percebe, mas o muro que veda este
secadouro apresenta, ao longo da sua parte superior, uma interessante decoração,
obtida através de um molde que impediu o seu preenchimento com cimento: um
desfile de bacalhaus!
Na Arte e na Matemática chama-se a este efeito um friso.
Já foram apresentados e analisados alguns frisos nas
mensagens «0070» e «0073».
Sob o ponto de vista da Matemática este friso de Alcochete é
o mais simples dos frisos, por apenas possuir uma propriedade geométrica (que
partilha, aliás, com todos os outros frisos): não é alterado se for sujeito a uma
translação horizontal definida por um «vector» como o indicado abaixo (ou ± o seu
dobro, ou ± o seu triplo, …):
Fotografias: Eva Maria Blum
Sem comentários:
Enviar um comentário