A imagem seguinte, da capa de um catálogo publicado em 1978, mostra-nos um dos gestos de uma profissão que, entretanto, foi substituída pela onda digital. Trata-se da profissão de Tipógrafo:
Um dia, durante uma conversa sobre padrões geométricos, a Madalena Campos sugeriu que o Eduardo Palaio poderia compor frisos na sua tipografia. E, algum tempo depois, o Eduardo Palaio disse que essa composição era possível, mostrando-me disso exemplos no catálogo referido acima.
Para o fazer, podemos repetir letras, desde que estas sejam as certas e a sua repetição bem planeada. Mas também podemos utilizar vinhetas, pois muitas delas são protótipos de um friso.
Seguem-se exemplos dos sete tipos de frisos matemáticos, ora usando, a vermelho, as letras «b», «d», «p» e «q» do Times New Roman digital, ora reproduzindo (um tanto desfocadamente, a negro) algumas das vinhetas apresentadas no catálogo (os eixos de simetria e os centros de rotação estão exemplificados a azul).
Frisos invariantes apenas através de translações:
Frisos invariantes apenas através da simetria horizontal (e de reflexões deslizantes e de translações):
Frisos invariantes apenas através de reflexões deslizantes (e de translações):
Frisos invariantes apenas através de rotações de 180º (e de translações):
Frisos invariantes apenas através de simetrias verticais (e de translações):
Frisos invariantes através de simetria horizontal e de simetrias verticais (e de rotações de 180º, de simetrias deslizantes e de translações):
Frisos invariantes apenas através de simetrias deslizantes e de rotações de 180º (e de simetrias verticais e de translações):
Fonte das imagens a negro: catálogo do INCM (1978; pp. 300, 308, 310, 318 e 322)
Agradecimento ao Eduardo Palaio, por ter permitido que o catálogo do INCM passasse uns dias fora da Tipografia Popular do Seixa
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