É através das compras nos supermercados que nós mais frequentemente entramos em contacto com os códigos de barras. Na caixa, o scanner lê o que deveremos pagar por cada produto, transmitindo-o para o talão que iremos receber; mas também informa o armazém da saída das quantidades compradas, ajudando assim a que o seu reabastecimento seja gerido. E nós trazemos para casa, nas etiquetas coladas às embalagens dos produtos comprados, os autocolantes com os misteriosos códigos de barras:
Código de barras para um certo chocolate |
Há, no entanto, muitas outras situações em que os
códigos de barras nos surgem. E em algumas delas é usado um sistema próprio,
como na venda de livros e de medicamentos:
Código de um livro (sistema ISBN) |
Um código de barras particularmente simples é o
usado no endereçamento de correspondência: em vez de uma sequência de traços mais
finos ou mais grossos, como nos exemplos acima, é usada uma sequência de traços
com a mesma espessura mas com um pequeno número de alturas diferentes. Por
exemplo, se forem usadas só duas alturas distintas, poderíamos ter este código:
Código para 5555512372
(segundo o antigo sistema ZIP norte
americano
Um passo prévio à criação e à utilização deste
código é a definição de um sistema numérico que esteja associado, sem ambiguidades,
aos destinos que se querem considerar. E o exemplo dos correios portugueses
ilustra-o bem.
Em 1978, os CTT criaram um Código Postal com quatro dígitos, que se podia
resumir assim:
De 1000 a 1998: Cidade de Lisboa e algumas localidades
limítrofes;
De 2000 a 2995: Região do Vale do Tejo, excepto Lisboa;
De 3000 a 3995: Região da Beira Litoral;
De 4000 a 4995: Região de Entre-Douro-e-Minho;
De 5000 a 5995: Região de Trás-os-Montes e Alto Douro;
De 6000 a 6995: Região da Beira Interior;
De 7000 a 7995: Alentejo;
De 8000 a 8995: Algarve
De 9000 a 9495: Região Autónoma da Madeira
De 9500 a 9995: Região Autónoma dos Açores.
Depois, em 1998, os CTT aumentaram este código com mais três dígitos, colocados
à direita dos quatro primeiros dígitos, e deles separados por um hífen, assim
definindo territórios muito mais pequenos, por segurança ainda descritos por
uma designação postal com um máximo de 25 caracteres.
Após este primeiro passo, foi necessário transformar os dígitos em barras, para
que possam ser facilmente lidas pelo scanner.
É aqui que os aspectos técnicos se impõem ao modelo binário que parece estar
subjacente ao exemplo dado imediatamente acima, onde as barras curtas sugerem que
se trata de um «0» e as altas sugerem tratar-se de um «1»: é que é importante todos
os dígitos possuírem o mesmo número de traços, para que o scanner possa identificar onde começa e acaba a representação de
cada um, o que não acontece se os dígitos foram representados como números
binários puros!
A solução encontrada no código ZIP norte americano foi a seguinte:
A lógica matemática deste código está na segunda coluna. O dígito
«6», por exemplo, está aí descrito como «0 1 1 0 0», o
que deve ser calculado tendo como referência os «pesos» indicados no topo da
coluna: 1 x 4 + 1 x 2 = 6.
Com estas informações, é possível verificar o código postal exemplificado
atrás!
Será que os nossos CTT usam o mesmo sistema de codificação? É experimentar …
Fonte: Wikipédia (entradas: «Código Postal em Portugal»; «United States Postal Service
Barcode»)
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_barras
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