Lembrou o investigador Francisco António Lourenço Vaz:
“Poucos anos antes da extinção da Universidade de Évora, determinado pelo Marquês de Pombal em 1759, as aulas do Colégio Espírito Santo foram revestidas com azulejos [didácticos], obra concluída em 1749, ou seja, 10 anos antes da extinção. Esta pode ter sido a última reforma pedagógica dos jesuítas na Universidade de Évora.”
O uso de azulejos, como forma de reforçar ou ilustrar os
ensinos ministrados com o apoio de manuais (possuidores de poucas imagens),
fora determinado mais de uma década antes, tendo já sido concretizado no
Colégio de Santo Antão em Lisboa e no Colégio das Artes em Coimbra.
Em Évora, os painéis de azulejos destinados a apoiar o ensino do Latim, das
Humanidades e da Retórica foram colocados em oito salas; e os destinados ao
apoio ao ensino das Artes em cinco: a aula de Geometria (sala 114), cujo ensino
era propedêutico para a Física, a de Filosofia (sala 119), a de Física (sala 120)
e a de Metafisica (sala 121).
Nos dois seguintes painéis, instalados na sala 114, estão tratados temas relacionados com a Geometria, a Astronomia e a Balística:
E neste outro painel, um dos instalados na sala 120, está ilustrada a célebre experiência de Magdeburgo, que demonstrou a existência de pressões próximas do vácuo, um tema da Física:
Fonte: PDF
de Vaz (2020)
Fotografias (um pouco recortadas): Eva Maria Blum (2015)